terça-feira, 7 de agosto de 2012

Lady Sings The Blues

 por Lua Palasadany

Musa americana, preta e pobre.
Dizem que em 1930 fechou a porta atrás de si, e caminhou decidida em arranjar uma grana suada à fim de salvar a si e a mãe de um logrado despejo. Meteu os pés num bar e se ofereceu como dançarina. E, para o nosso delírio, os Deuses a fizeram ser um bendito desastre!
A Musa então cantou, a pedido do pianista do bar (com um Q de teste a lá caça-talentos): saiu empregada. (Salve Baco, e por que não, Salve Jorge!) 

Billie, nascida Eleanora Fagan teve todos os maiores maus agouros de início de vida: criada por pais adolescentes; fora abusada sexualmente e assim sendo, logo internada numa casa de apoio à meninas vitimas de abuso.
Limpou puteiros mal iluminados, prostituiu-se, e também deliberou-se a se drogar. Mas além de tudo e todo o resto, ouviu Bessie Smith e Louis Armstrong, e cantou. Tão genial quanto.

Billie Holiday no Downbeat, Nova York – 1947. (William P. Gottlieb/Library of Congress)

DISCOGRAFIA

1933The Quintessential Billie Holiday, Vol. 1 -9Columbia
1939The Commodore Master TakesGRP
1945The Complete Billie Holiday on VervePolygram
1950Billie Holiday SingsMercury
1955All or Nothing at AllPolygram
1956Songs for Distingué LoversClassic
1958Lady in SatinClassics
1991I Like Jazz: The Essence of Billie HolidayColumbia

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